O TRABALHO
Estando aqui e agindo como um deles, tenho que buscar o indispensável. Há muitas formas de obtê-lo. Algumas, por imposição e agindo como superior por trás de algo que pode aniquilar o seu igual. E conseguem, mas ao contrário do que preciso, evitam-se as multidões. A outra forma, e comum até, foi a que busquei, porque esta o torna tão igual aos daqui, que dificilmente diriam que sou de lá. Esta lide, diferente de tudo que poderia eu imaginar é necessário para obter-me o indispensável. Usar as mãos para fazer o que se propõe no intuito de adquirir o indispensável quando só se sabe usar a transmissão de informação é desafio que precisa ser vencido. E para que eu possa participar deste conjunto de pessoas daqui fazendo algo, em conjunto ou não, em troca do indispensável, preciso do conhecimento nas mãos. Não o conhecimento em usá-las para transmitir a informação do que se deseja ao que se é desejado, mas para executar o que se propõe usando as próprias mãos. O que aqui chamam de trabalho.
Para se conseguir este "trabalho" é necessário que já o saiba fazer, na maioria das vezes. Mas se consegui alguns locais onde não seja necessário o saber fazer. Nestes locais, os daqui lhe ensinam como se faz. Foi em um destes que consegui "trabalho" para ter em troca um dos indispensáveis para permanecer aqui até que venham me buscar ou eu encontre o filamento crosmocópico.
Já nem sei se conseguirei um ou outro.
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